sábado, 4 de outubro de 2008

Teu corpo me chama...


Levanto meus olhos.
O relevo de teu corpo não me é permitido ver.
Pêlos formam uma barreira espessa,
intransponível aos meus olhos.

Teu cheiro me chama.
Teu gosto me impele.
Fechos meus olhos.
Me delicio.

Me apercebo do mundo apenas por teus gemidos.
Sofridos, prazerosos, desejando.
Arfante me pedes mais,
Arfante não me permites parar.

Não quero parar, não posso parar
Tanto quanto tu queres, quero eu.

Mordo tuas cochas.
Elevas teu ventre.

Apertas minha cabeça.
Puxas meus cabelos.

Meus cabelos, teus pêlos.
Suados, molhados, melados.
Um emaranhado louco.
Misturados.

Gemes, gritas.
Te abocanho, me entranho.
Ardente, demente, sofregamente.
Gemes, gritas.

Me pedes, me medes, sedes
Relaxada, molhada, melada.
Minha boca, meu rosto,
Minha língua cansada.


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