A excitação percorre todas as minhas veias e apetece-me devorar a tua pele… “comer” a tua boca… “mastigar-te”… (como se isso fosse preciso, para sentir melhor o teu sabor).
O sangue corre aos tropeções e eu sinto a respiração aumentar como se tivesse pressa de te agarrar… jogar-te na cama e te arrancar a roupa que te aquece esse corpo que me enlouquece… jogar o meu corpo no teu, como se duma tinta se tratasse e em ti se misturasse…ardentemente até ao fim!
Eu não quero; não quero parar agora… Agora que te toquei e sinto quente a tua mão na minha anca, a outra apoiada no chão…Agora que tocas em mim e sinto chegar depressa o prazer na tua boca, sem que nada o impeça.
Eu vou continuar, com as minhas mãos contornando esse teu corpo…as tuas pernas… ai… a tua boca que continua saboreando a minha pele e… ai, tudo cresce novamente…Alguma coisa tomou conta da gente…
Aumentou aquela chama que ardia branda e agora queima desenfreada, dois corpos molhados, um dentro do outro, ardendo descontroladamente, constantemente insaciados…
Ai… eu quero abrir os olhos e ver a tua face, mas…ai… será possível parar agora? Não, não pares… Fica dentro de mim até passar esta vontade que cresce de te arranhar, esta onde de suor, cheia de sabor, que me lava o corpo colado no teu, com amor… despido por ti, provado sem pudor…
Agarrados. Molhados. Colados; mantêm o movimento que lhes faz encontrar o momento em que se encostam e se apertam e gritam esfuziantes, um pelo outro… na certeza de mostrar… que chegaram ao mesmo tempo, de mãos dadas e a se beijar onde… Daqui a pouco voltarão a se encontrar.
E eu não quero, mas tenho de parar…
Pela voz que me chama para a presente realidade, desta sombra que me acompanha…
Mas podendo serei novamente aquela chama, que se encaixa contigo na mesma cama, cheia de beijos e abraços… molhados na tua pele, que me faz acender e arder, sem nunca chegar a ser cinza… no cinzento do dia que nasceu… e que fez-nos queimar um no outro com prazer…incendiando as roupas que trazíamos, ao ponto de as perder… Ser o que foste como eu…fogo que nasce e não enfraquece…porque hoje não é ontem, e ele ainda me aquece…
Na lembrança da tua língua perdida no meu corpo e do meu perdido…pedindo mais, deliciado, excitado… vivendo contigo um momento que não morre...
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