sábado, 27 de setembro de 2008

PENETRAÇÃO!...


Da preparação ao toque, do encosto, do roçar dos corpos nus.

Não mais humanos, mais animais, 

Numa dança louca de prazer e de poder.

Revertendo papeis e posições,

Liberando tudo o que está preso

E deixando fluir toda a forma de toque.

Cada ponto se torna uma fonte.

A língua um condutor de prazer.

O Pênis um alimentador em moto-contínuo.

Desbravando ainda que leve,

Sempre com força,

Sempre com dor.

Fazendo perder a força e a respiração.

Fazendo o corpo a boca emitir sons

Como animais no cio.

A cada investida,

Lateral, frontal, surreal.

A dor e o prazer se misturando a 

Entrega de falta de razão.

Da conjunção de corpos compartilhando

Fluídos, dores, gozos e vírus.

Compartilhando coragem e medo.

Compartilhando entrega e rendição.

Como forma de entrega maior,

Como abrir mão do próprio fio condutor.

Abre-se o corpo umidecido,

Lubrificado, dissecado, dissuadido,

O corpo implora a conclusão.

Fazendo sentir cada poro,

Cada gota de suor a dor.

Sem razão, só sensação.

Entregue finalmente a penetração.

 



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