domingo, 28 de setembro de 2008

Em ti meu anjo...


Noite
Em ti peco
Por fantasiar
Luxúria.
Cometo erros.
Procuro soluções.
Tento entender
O que me atrai para ti,
E em ti.
Afasto-me
Mas de repente e sem mais
Estou lá
Debruçada e aberta
Em pleno pecado
Com gula
Sem controlo
Sem procurar razão.
Nego-te no meu ser
Quero-te no meu pensamento.
Deliro
Contesto
Grito
Por ti noite…
Tu que me devassas,
Me enlouqueces,
Me provocas,
Não ousas por menos,
Queres tudo porque dás tudo.
Mais,
Gemo
Perco sentidos
Entrego-me
Sou tão tua
Como o teu reflexo é meu.
Ali
Deitada
Despida de vergonhas
Rendo-me
Suplico
Para além do limite.
Humilho-me
Quero mais
Sem pressa
Ou com alguma…
Quero
O silêncio que em ti reside
Trocado por
Mil sons desconhecidos, estranhos…
Sinto-te
Para além do negro que vestes
E despes…
Exijo-te sugada em mim
Desejo-te quente,
Fugaz,
Liberta de tabus…
Aqui comigo,
És tu e eu,
Diferentes do mundo
Nós…
Tu noite…
Faminta e livre
Provocas-me,
Queres-me
Louca e menina,
Mulher e ingénua.
Assaltas-me
Sem pudor,
Medo ou
Preocupação.
Bebo de ti
Prazer,
Amor,
Paixão…
Mais,
Muito mais,
Quero
Fogo.
Arder em ti
Sentir-te saborear
Meu calor.
Doce,
Amargo,
Inconstante…
Perturbante…
Sente-me
Inquieta
Com a tua satisfação.
Sacia-me de
Sabedoria
Dá-me vontade
Eleva-me sem represálias,
Tem-me tua!
Apenas tua
Como tu minha.
Consome
O fruto do pecado,
Todo,
Com medo que
O hoje não volte…
Perde-te no sentido,
Não tentes a razão.
Trinca,
Morde,
Lambe,
Peca mais…
Mais
E só mais um pouco.
Em ti
Rasto de mim,
Marcas
Visíveis na cor do dia.
Dança meu charme
Num compasso avançado.
Capricha…
Seduz-me,
Traz-me emoção,
Movimento,
Satisfação!
Em mim, noite…
Tua cor submissa,
Intuitiva de obsessão
Determina-me e sufoca-me!
Contraio-me para resistir,
Mas em ti noite, cedo-me,
Obedeço,
Aceito,
E não controlo.
Em ti…
Devaneio
E volto a mim
Em ti!
 


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